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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Poema

Os Retratos

Mário Quintana

Os antigos retratos de parede Não conseguem ficar longo tempo abstratos. Às vezes os seus olhos te fixam, obstinados Porque eles nunca se desumanizam de todo Jamais te voltes pra trás de repente. Não, não olhes agora! O remédio é cantares cantigas loucas e sem fim… Sem fim e sem sentido… Dessas que a gente inventava enganar a solidão dos caminhos sem lua.

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